Parlamentares que lideram o movimento de impeachment de Dilma Rousseff já dão como certo que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), arquivará o pedido de afastamento da presidente formulado por Hélio Bicudo na próxima terça (13). Assim eles poderiam, já na quinta (15), recorrer ao plenário, tentando votar a abertura de processo contra a petista. A oposição tem pressa: pelo calendário imaginado pelos parlamentares pró-impeachment, o afastamento tem que ser votado até novembro. Depois disso, dificilmente haveria condições de levar o movimento adiante. O impeachment seria paralisado pelo calendário nacional: festas de fim de ano, férias, Carnaval e depois eleições municipais. "Se não passar até novembro, nós pensamos até em desistir", diz parlamentar próximo de Cunha e líder do movimento. A mesma análise é feita, por exemplo, pelo vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB): "O prazo de validade disso [ameaça de impeachment] é novembro. Depois já começa o clima de Natal, Carnaval, Olimpíada e eleição municipal", diz ele. "E após o pleito de 2016 começa a discussão da sucessão de Dilma. Não tem como arrastar esse clima de impeachment por quatro anos." E o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Dias Toffoli, também tem pressa. Ele está pedindo aos ministros da corte que apressem a revisão do texto de seus votos na sessão de anteontem. Quer publicar o acórdão que determina a investigação das contas da campanha de Dilma o mais rápido possível. (Mônica Bergamo)
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