segunda-feira, outubro 23, 2017

Tráfico cobra ‘IPTU do crime’ na Cidade Alta


O aviso chegou por carta no fim de julho. “A partir do quinto dia útil de agosto, moradores irão pagar de R$ 5 a R$ 10 mensais para ajudar na segurança da comunidade”, dizia a correspondência, endereçada a todos os moradores da Cidade Alta, em Cordovil, na Zona Norte do Rio. Ao fim do texto, uma saudação acompanha a assinatura: “Atenciosamente, a tropa do mano”.O “mano” citado no bilhete, segundo um inquérito da 38ª DP (Irajá), é Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, chefe do tráfico da favela, que está foragido. Uma cópia da carta está anexada numa investigação da distrital, que apura a criação de uma taxa de segurança pelo tráfico da Cidade Alta. Os valores a serem pagos, segundo apuraram agentes da delegacia, dependem do poder aquisitivo de cada morador: R$ 5 para os habitantes mais pobres, que vivem nos apartamentos mais antigos, e R$ 10 para os que têm melhor condição financeira. O valor é cobrado por domicílio.

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