terça-feira, novembro 25, 2008

Internet pela tomada: Brasil terá acesso pela rede elétrica


Ela será mais rápida, barata, fácil
de ligar e não vai interferir na luz da sua casa

Em breve luz e internet correrão pela mesma fiação. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) finalizou na segunda-feira 29 a consulta pública que servirá de base para a elaboração do padrão brasileiro de internet por rede elétrica. Para um país continental, essa tecnologia significará, sobretudo,a sua democratização. Afinal, a energia elétrica chega a 95% do País - vale incluir o interior da Amazônia, os confins da caatinga ou uma praia praticamentedeserta. Como não é necessária a implantação de infra-estrutura, o acesso ocorrerá também em edificações antigas - basta ter fio e tomada.A instalação será feita com um modem especial que conecta a saída de cabo de rede à tomada. Há duas tecnologias disponíveis: o Power Line Communications(PLC), que permite diversos tipos de banda, e o Broadband over Power Lines (BPL), conhecida como banda larga.Os sinais da internet possuem uma freqüência própria, ou seja, não interferirão na luz de sua casa. O problema é que essa freqüência é a mesma em que navegamcertas ondas de rádio. Sem isolamento, pode haver interferência em rádios importantes - da polícia, por exemplo.200 Mbps é a velocidade que pode chegar a banda larga pela rede elétrica. O número é muito superior aos padrões brasileiros - hoje as conexões mais rápidasno País não ultrapassam 30 MbpsA questão foi levantada durante a consulta pública da Anatel, que já listou algumas soluções que vão desde a adoção de freqüências diferentes até a blindagemdos fios elétricos. Procurada por ISTOÉ, a Anatel limitou-se a dizer que o relatório será encaminhado para uma equipe técnica: 'Estamos definindo as condiçõespara utilização do serviço, os equipamentos homologados e a faixa de operação.' Algumas empresas já estão fazendo testes por conta própria, como é o casoda Panasonic, que trouxe seus modems PLC do Japão para implantar um projeto-piloto na cidade de Barreirinhas, em meio aos Lençóis Maranhenses.

'Houve uma aceitação muito boa', disse Eduardo Kitayama, responsável da Panasonic pela chegada do equipamento ao Brasil. A AES Eletropaulo, empresa concessionária do sistema elétrico de São Paulo, também entrou no jogo. Adiantou, que está realizando testes com a tecnologia BPL paulista.

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