Marcado por seu estilo durão e carrancudo, o treinador da seleção brasileira Dunga não se conteve ao lembrar de sua mãe nesta segunda-feira e foi às lágrimas. O técnico ficou com os olhos bastante marejados ao citar a força de vontade de sua genitora, em entrevista ao Painel RBS.
Ao falar sobre a pressão que sofreu após o fracasso na Copa do Mundo de 1990, Dunga disse que tem um exemplo em sua família, e não seria ele que iria fraquejar. "A pressão que senti em 90, nenhum ser humano vai sofrer. Mas vou falar algo aqui que nunca falei. Não existe maior pressão do que a que a minha mãe sofre. Meu pai tem Alzheimer há oito anos e ela está sempre ali. Se ela não fraqueja, eu não vou fraquejar", disse ele já às lágrimas.
Jogador que mais sofreu críticas na Copa de 90, o atual técnico da seleção disse que não guarda mágoas da época em que foi apontado como principal culpado da eliminação brasileira no Mundial da Itália. Para Dunga, tudo é resolvido com trabalho e dedicação.
Apesar de bons resultados á frente da seleção nacional, Dunga ainda não tem total aprovação da imprensa e torcida brasileira. "Quem sente mágoa são eles (imprensa). Sofri quatro anos, eles sofrem a vida inteira. Eu sou campeão do mundo, eles não são", declarou o treinador.
Para as próximas partidas da seleção pelas Eliminatórias Sul-Americanas, contra Equador (no domingo) e Peru (na quarta-feira, dia 1º de abril), Dunga convocou o meia-atacante Ronaldinho Gaúcho, outra questão que causou polêmica na imprensa geral.
A seleção brasileira se apresenta no Rio de Janeiro nesta terça-feira, às 11h (de Brasília), joga no Equador domingo, às 18h e depois segue para Porto Alegre, onde encara o Peru, no dia 1º de abril, no estádio Beira-Rio, às 22h10.
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