quarta-feira, março 11, 2009

GOVERNO VÊ MOVIMENTAÇÃO POLÍTICA NA PM


Setores do governo acreditam que há um movimento político e até eleitoral na Polícia Militar para tentar atingir o governador Jaques Wagner (PT), segundo Samuel Celestino. Esta seria a razão das críticas, verbalizadas pelos deputados Capitão Tadeu (PSB) e Capitão Fábio (PRP), que atuam em sintonia com os oficiais da PM. O movimento teria o aval de oficiais de alta patente, que buscam atingir o governador através do secretário de Segurança Pública, César Nunes. Para esses setores do governo, o discurso de que a Polícia Civil está sendo mais prestigiada do que a PM é sindicalizado e eleitoreiro. Os oficiais insatisfeitos, no entanto, garantem que a questão é de segurança pública e que as razões para as críticas estão além da forma como se deu a Operação Nêmesis. Eles lembram, por exemplo, que o governo Wagner tentou até acabar com o benefício que os soldados e sargentos conseguiram na greve de 2001 de passarem para a reserva com proventos de tenente. A proposta não passou foi vetada na Assembléia Legislativa.

CAPITÃO FÁBIO BATE FORTE

O pronunciamento mais forte foi o do Capitão Fábio que condenou a espetacularização da prisão dos coronéis, "sem que tivessem oportunidade de apresentarem suas defesas", segundo ele detidos "com um movimento equivocado da Polícia Civil, sobretudo no final, sem a presença de oficiais superiores da PM e até do seu comandante geral".
Entende o capitão Fábio que, na condição de suspeitos e de oficiais superiores da PM, os comandantes deveriam ter sido presos (se de fato havia uma investigação profunda de uso da propina) por um delegado e uma comissão de oficiais e do comandante da PM. Mas, "infelizmente - diz o capitão - o secretário César Nunes se comportou de forma irresponsável, sobretudo quando apareceu sorrindo na televisão".
"Nosso pronunciamento é de repúdio a Polícia Civil", completou Fábio destacando que, de fato, hoje, há uma cisão explícita entre as duas corporações.

Nenhum comentário: