Talvez esta seja a pergunta mais intrigante entre os itabunenses atualmente. Parece que virou moda perguntar quem tem mandado em Itabuna nos últimos três meses. Há quem diga que a resposta tem nome de Josias Miguel; outros afirmam que seja o Sargento Gilson e existem aqueles que juram que a resposta está numa junta integrada por estes nomes já referidos, com as adesões do Dr. Carlos Burgos, Maurício Athaíde e Wesley Melo. Sem falar nas vozes que só nos fazem ouvir o nome do ex-prefeito Fernando Gomes. Poucos lembram do nome do Capitão Azevedo. Com a exceção dele mesmo, que em seus discursos teima em recorrer a terceira pessoa, sem jamais assumir que ele próprio seja o Capitão Azevedo. O fato é todas estas respostas estão equivocadas. Na verdade Itabuna nos últimos três meses está sob o domínio de duas forças poderosas e antagônicas entre si. Uma delas representa a alegria, enquanto que a outra é a própria tristeza em si. Na primeira, seu protagonista não tem mais que dois a quatro meses de existência, para proporcionar a alegria do povo. E neste diminuto período ele gera emprego, renda, alegrias, vidas... Já na segunda, a existência não dura mais que 40 dias. Mas neste curto tempo de vida, há muita tristeza, dor, sofrimento e mortes. Quem simboliza a primeira força é o Rei Momo, símbolo do carnaval, que comandou Itabuna nos primeiros dois meses da administração de Azevedo, com a prefeitura completamente entregue aos mínimos detalhes, para que não houvesse contrariedade do comandante da festa. Terminado o carnaval e mais alguns dias para se agilizar as soluções dos pequenos problemas e pendências que sempre existem, nem houve tempo para o Rei Momo devolver a chave da cidade para o prefeito, pois a segunda força, referida anteriormente, se apoderou de dominar a Itabuna e até neste exato momento é quem está pautando o que tem que ser feito em cidade e esse novo imperador, tem tamanho que o faz atravessar fácil a fechadura da porta do gabinete do prefeito. O dito cujo é odiado por todos na cidade, que tenta expulsá-lo e ainda assim, ele não está nem aí e segue seu reinado como se declarando que tamanho não é documento. O nome dele é Aede Aegypti e tudo tem acontecido em torno dele. Nada acontece sem que não haja o mosquito da dengue como centro das atenções em Itabuna. Até autoridades e técnicos de outros estados tem sido convocado para combatê-lo e ainda assim, ele permanece no comando. Até a secretaria de saúde do governo estadual se instalou na cidade e o próprio governador Wagner apareceu para conhecer mais de perto o causador de tantos estragos. Portanto, se da próxima vez lhe perguntarem quem tem mandado em Itabuna, responda sem hesitar: primeiro foi Rei Momo e atualmente é o Aede Aegypti.
BLOG DO VAL CABRAL
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