RIO - Duas ferramentas do Google podem ajudar autoridades e internautas em geral a acompanhar a disseminação da gripe suína pelo mundo. Enquanto a doença, surgida no México, chega aos Estados Unidos e Europa, internautas atualizam uma imagem do Google Maps marcando os países afetados. Além disso, uma ferramenta menos conhecida, o Google Flu Trends , tem como objetivo o uso de resultados de buscas na internet para avaliar o risco de epidemias de gripe.
No caso do Google Maps, a iniciativa não partiu diretamente da empresa. Os mapas do serviço podem ser personalizados e ganhar marcações feitas por pessoas de todo o mundo. As marcações são criadas por internautas de forma colaborativa, aumentando ainda mais a velocidade de atualização, mas gerando o risco de desinformação. O sistema, no entanto, permite correções, diminuindo as chances de erro. Os marcadores cor-de-rosa indicam casos suspeitos; os marcadores roxos, casos confirmados; os roxos sem um ponto, mortes; e os amarelos são casos negativos.
Segundo a assessoria de imprensa do Google, o serviço também foi utilizado por autoridades de Santa Catarina para facilitar a busca por desabrigados durante as enchentes em novembro de 2008.
'Flu Trends' analisa disseminação de doença em tempo real
O Google encontrou relação entre o número de internautas que fazem buscas pelo termo "gripe" e a quantidade de pessoas que têm os sintomas da doença num determinado momento. Se nem todos os que fazem esse tipo de pesquisa estão de fato gripados, ainda assim "um padrão emerge quando são somadas todas as buscas relacionadas a gripe em cada estado e região".
Segundo a empresa, os dados das pesquisas foram comparados com os números do Centro de Controle de Doenças dos EUA e mostraram que a "popularidade" do termo "gripe" aumenta durante as épocas de surto da doença. Monitorando esse tipo de informação, torna-se possível estimar a circulação do vírus pelos estados do país, afirma o Google, que publicou os resultados da pesquisa na revista Nature .
A empresa acredita que esse procedimento pode ajudar as autoridades a se prepararem com mais rapidez diante de surtos da doença. Métodos tradicionais, segundo o Google, levariam de uma a duas semanas para coletar e publicar dados, enquanto as buscas online são analisadas quase que em tempo real.
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