Secretário diz que prefeitura não vai gastar com S. João

O secretário de Indústria, Comércio e Turismo da Prefeitura de Itabuna, Carlos Veloso Leahy, compareceu à audiência pública realizada nesta terça-feira (28), na Câmara de Vereadores, e assegurou que o governo do prefeito José Nilton Azevedo não vai destinar recursos à realização dos festejos juninos. Segundo o secretário, que acumula o cargo de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Itabuna, esta entidade também não vai receber dinheiro do município para a promoção do São João.
Na audiência pública, que foi convocada pelo vereador Wenceslau Júnior e contou com a presença do promotor Clodoaldo da Anunciação, do Ministério Público Estadual, o secretário informou que a CDL planeja montar uma arena chamada “Vila do Forró”, na Praça Rio Cachoeira, um cenário caracterizado como arraial, onde haverá apresentação de bandas de forró, quadrilhas, concurso da Rainha do Milho e venda de comidas e bebidas típicas.
“A CDL está em busca de patrocinadores na iniciativa privada, mas já está absolutamente definido que o poder público municipal não terá qualquer participação financeira no evento”, frisou Leahy. Ele mencionou empresas como a Incamilho, que já se comprometeu a apoiar a Vila do Forró, e a Padim, que estaria se definindo pelo apoio.
O secretário também apresentou um relatório com informações sobre os gastos da Prefeitura com o último Carnaval Antecipado, no qual a Prefeitura empregou R$ 971.234,00. “Foi o carnaval mais barato já feito em Itabuna”, sustentou, acrescentando que o governo obteve economia ao dispensar intermediários na contratação das bandas.
Com relação ao São João, ele foi enfático ao declarar que existe um compromisso da Prefeitura de não direcionar recursos para a festa. A informação tranquilizou os vereadores e o representante do Ministério Público Estadual, que já tinha ingressado com uma ação inibitória da Vara da Fazenda Pública, requerendo a proibição do uso de dinheiro da Prefeitura de Itabuna no São João deste ano.
A maior preocupação do promotor está na área da saúde, que ele afirma se encontrar um caos. “O bloqueio à epidemia de dengue não está feito e os números da doença são crescentes, além disso há uma total falta de sintonia entre a 7ª Dires e a Secretaria Municipal de Saúde”, criticou Anunciação. Ele opinou que é necessário o município prorrogar o decreto de estado de emergência, o que torna inadequado o investimento em festa.
Mesmo com o compromisso do governo de não gastar com o São João, o promotor acha preciso ir além e adotar medidas urgentes para organizar a saúde. Wenceslau Júnior considerou importantes os esclarecimentos do secretário Carlos Leahy, para que o tema deixe de ser tratado de forma “extraoficial”.