segunda-feira, junho 01, 2009

ACORRENTADO, DEMITIDO FAZ GREVE DE FOME NA EMASA


Os sete funcionários demitidos da Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa) fazem protesto em frente ao escritório da companhia, no centro de Itabuna. Um deles, João Souza Sarmento, iniciou greve de fome às 6h desta segunda-feira, 1º. Ele se acorrentou a um corrimão da entrada do escritório, que não abriu hoje.
Os trabalhadores foram demitidos na última sexta-feira, 29, após participar de uma caminhada e paralisação de meio-turno na empresa. A paralisação ocorreu na quarta, 27. Os funcionários reclamam perdas salariais dos últimos 10 anos e reivindicam que o Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto (Sindae) seja reconhecido como único representante dos funcionários.
A direção da empresa alegou como motivo para as demissões que os sete funcionários teriam agredido diretores da Emasa, na paralisação da quarta, 27. “Alfredo Melo faz um governo de ferro e hipocrisia”, diz João Sarmento. Cláudio Silva Vale, outro demitido, diz que a posição da presidência da empresa é arbitrária e o motivo para a demissão, inexistente. “Não agredimos ninguém, nem verbal nem fisicamente”.
Todos os demitidos foram aprovados no último concurso da empresa, realizado pela Consultec no início do ano passado. O Sindae afirma que quase 100 dos 300 funcionários cruzaram os braços nesta segunda. Os demais teriam iniciado uma “operação tartaruga” por conta das demissões.
João Sarmento é pedreiro e disse que só encerra a greve de fome quando o prefeito Capitão Azevedo (DEM) e o presidente da Emasa, Alfredo Melo, abrirem canal de negociações com o Sindae e os sete funcionários forem readmitidos.
Alfredo Melo é acusado de estimular a criação de outro sindicato, o Sintrase, do qual teria total controle. Os funcionários foram demitidos antes mesmo da abertura de sindicância e processo administrativo contra os mesmos. A direção da empresa não sabe informar qual teria sido o diretor agredido na paralisação de quarta. Do Pimenta na Muqueca.

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