O que mais chamou minha atenção no jogo do Brasil com o Egito foi o comportamento da torcida sul-africana. Tudo indicava que eles apoiariam a seleção de Dunga nos 90 minutos. Mas não foi bem assim… Em alguns momentos, a torcida parecia ser 100% do Egito. Mas, logo em seguida, apoiavam o Brasil de novo. Fiquei perdido.
No início, a festa era verde e amarela. Vestidos com a camisa amarelinha da África do Sul, pareciam que eram brasileiros. Gol de Kaká, comemoração total. Mas, no gol do Egito, outra comemoração total. Parecia partida de um time só. Não interessava a equipe preferida, o negócio era comemorar.
Mas no segundo tempo, apoio total ao Egito, que conseguiu o empate. Tinha um cara perto de mim que pulava, xingava, reclamava. Parecia fanático pelos egípcios, mas era sul-africano. Esse mesmo cara acabou o jogo batendo palma para a vitória brasileira.
Nada chama mais a atenção no estádio do que as cornetas, chamadas aqui de vuvuzellas. Que barulho chato! Em todo degrau da arquibancada tem um. Fui perguntar a um torcedor quanto custava uma e ele me disse: 100 rands, R$ 24. Achei caro. Depois entendi: ele queria me vender. Na verdade, o preço do acessório é 8 rands, só R$ 2.
No final, vitória brasileira na estreia da Copa das Confederações. Foi no sufoco, mas achei merecida. E para você, o Brasil merecia vencer o Egito?
(Thiago Dias, direto de Bloemfontein)
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