A missa organizada pela fiel escudeira Maria Alice para comemorar os 70 anos do ex-prefeito Fernando Gomes foi marcada por algumas constatações. Uma delas foi a gradual - e até natural - fuga dos antes devotos amigos e correligionários.
A catedral de São José estava quase cheia, algo impensável há poucos anos. Outra foi a frieza com que o prefeito Capitão Azevedo se comportou durante o evento.
Só a título de comparação: quando encontrou o ex-primeiro-filho Marcos Gomes, o abraço foi daqueles dignos dos melhores momentos da campanha de 2008: “Marcão!”, alegrou-se Azevedo, antes do abraço e da tentativa de levantar o amigo que tanto tempo passou distante. Já o cumprimento ao aniversariante foi mais comedido: “Olha aí… 7.0, hein…”, comentou após ser lembrado por um assessor de que deveria falar com o homenageado da noite.
A manifestação mais explícita de amizade entre o ex e o atual mandatário do Centro Administrativo Firmino Alves foi na hora de cantar parabéns. Mas também esse momento foi arranjado, dessa vez pela organização.
Foi quando os amigos mais chegados - escolhidos a dedo por Maria Alice, e indicados por estarem portando uma vela -, deveriam se reunir em volta de FG para dar a ideia de um bolo humano, cheio de velinhas rodeando o ‘velão’ ostentado pelo homenageado.
No mais, o de sempre. A presença da maior parte dos secretários - incluindo-se aí ex-colaboradores -, e inúmeros ocupantes de cargos de confiança da atual administração, além de alguns vereadores.
Um atento observador confidenciou a este blogueiro: se a intenção era mostrar força, ficou devendo. Mas ele tem um grupo que não o abandona, e isso é importante em política”. A tradução: é difícil, mas há o risco de o homem se eleger deputado.
DO PIMENTA NA MUQUECA
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