segunda-feira, julho 27, 2009
Com salários atrasados, terceirizados param e colégios estaduais suspendem aulas
Além de várias escolas municipais, colégios da rede estadual de ensino também estão com as aulas prejudicadas devido à greve dos trabalhadores terceirizados. Funcionários da limpeza, merendeiras, auxiliares de disciplina e administrativo, sem salário, vale-transporte e tíquete-refeição há quase cinco meses, paralisaram as atividades. O desfalque do corpo administrativo e a higiene precária tem levado diretores e professores a tomar atitudes como suspender aulas ou propor rodízios.
No Instituto Central de Educação Isaías Alves (Iceia), no Barbalho, as aulas foram suspensas desde quinta-feira da semana passada. Na sexta, a Secretaria de Educação do Estado (SEC) enviou uma equipe para limpar a escola. “Foi uma maquiagem no banheiro e nas salas”, desabafa o professor de História Lázaro Nazareth.
Em reunião, professores e líderes estudantis do matutino decidiram suspender as aulas até que a situação se normalize. “Educação não combina com sujeira”, sentenciou o professor Oduvaldo Bento, que também é diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação - APLB Bahia. Durante a paralisação, serão desenvolvidas ações, como enviar ao Ministério Público manifesto e abaixo-assinado denunciando a situação dos terceirizados e encaminhamento de ofícios à SEC pedindo normalização dos pagamentos e relatando a insuficiência de funcionários e falta de professores.
Os professores contam que dos quase 40 trabalhadores da limpeza o quadro funcional se reduziu a 10. Nesta segunda, metade da equipe foi à escola bater o ponto, mas não trabalhou. Temendo represálias, não se identificaram, mas relataram as penúrias pelas quais estão passando. “Cortaram a água e a luz de minha casa. O aluguel está atrasado”, disse uma trabalhadora. “Fiz empréstimo na Losango para comprar uma TV. Não sei como vai ficar”, acrescentou outra.
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