quarta-feira, julho 01, 2009

Desfile de 2 de Julho em Itacaré comemora 50 anos de realização


Uma das poucas cidades do estado a celebrar o dia da independência da Bahia, Itacaré realizará pelo qüinquagésimo ano consecutivo o desfile de 2 de Julho. O cortejo sairá a partir das 16 horas da Praça 2 de Julho, conhecida popularmente como Praça do Canhão. Os índios, Maria Quitéria, Madre Joana Angélica e Tiradentes são algumas figuras históricas representados no ato cívico, que contará ainda com quatro carros alegóricos.
O desfile de 2 de Julho em Itacaré, com a estrutura vista atualmente, teve como idealizadores Neri Carvalho de Jesus e seu marido Manoel Quadros, em 1959. Segundo ela, a organização do ato contava apenas com a ajuda da população local, mas, neste ano, o governo municipal está dando um grande apoio para a realização da festa. “O prefeito Antônio de Anízio teve sensibilidade e boa vontade, disponibilizando sua equipe para providenciar o que fosse necessário”, disse dona Neri.
Em um espaço alugado pela Prefeitura, costureiras se revezam para os ajustes dos figurinos e ornamentos utilizados no desfile de 2 de Julho. A equipe está há quatro dias concentrada no espaço, onde providenciam cada detalhe do evento. “É muito bonito ver o esforço da comunidade para manter viva esta tradição que simboliza a resistência baiana. A Secretaria de Educação está dando total suporte para que a festa seja uma das mais bonitas”, disse a titular da pasta, Juliana Delmont.
O desfile contará ainda com as participações da Filarmônica São Miguel e da Fanfarra de Itacaré (Faita). E, quando o cortejo voltar ao seu ponto de partida, será realizada uma genuína roda de samba com a presença da comunidade do Porto de Trás, remanescente de um quilombo urbano. Lembrando as origens da estrutura do desfile, também está previsto um baile tradicional.
De acordo com o prefeito Antônio de Anízio, o desfile comemorativo do 2 de Julho faz parte da cultura de Itacaré e deve ser mantido para que as futuras gerações conheçam a história da independência da Bahia de forma viva. “Queremos que a população valorize suas raízes e continuem com as tradições a fim de fortalecer a identidade local”, afirmou.

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