quinta-feira, julho 30, 2009
Oposição diz que Wagner está empurrando dívidas com a barriga
Encalacrado com a crise financeira que promoveu no Estado, o governador Jaques Wagner, que desde o ano passado deve a fornecedores e empreiteiros, quer resolver os problemas de fluxo de caixa da administração estadual com um empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e com outros créditos contraídos pelo governo. "Só mesmo que nada entende de administração para imaginar que estas serão medidas suficientes para o Estado enfrentar a crise e pagar as dívidas com os fornecedores", afirmou o líder da oposição na Assembléia, deputado Heraldo Rocha (DEM).
Segundo Heraldo Rocha, a medida adotada por Wagner equivale ao que acontece com muitas famílias endividadas. "é aquela história do sujeio que deve no cartão, deve no cheque especial e, ao invés de arrumar outra fonte de renda ou economizar seus gastos, toma dinheiro emprestado numa financeira para pagar os juros das dívidas anteriores. Ele resolve emergencialmente su problema, mas cria outro muito m aior no futuro. O que Wagner está fazendo ao usar para pagamento de dívidas passadas o dinheiro tomado emprestado para investimentos é exatamente a mesma coisa. Ele simplesmente está em´purrando o problema pra frente e, se essa bomba não estourar ainda na sua gestão, quem vai pagar por essa irresponsabilidade [é o futuro governador", declarou.
O protesto do líder encontra coro na base oposicionista. “Antecipar receitas e pagar débitos passados com empréstimos que deveriam ser aplicados em investimentos novos não resolve o problema”, criticou o deputado estadual Carlos Gaban (DEM), destacando que na Bahia “o crescimento da arrecadação de ICMS é o pior entre os estados do Nordeste e o segundo pior do País”.
Gaban considera que o governo deveria pensar em outras alternativas para aumentar a arrecadação, a exemplo de isenções fiscais. Ele cita iniciativa do Estado de São Paulo. “Lá fizeram a nota fiscal paulista. Qualquer cidadão que compra fornece o CPF e vai pontuando, e na hora de pagar o seu imposto consegue um desconto. Isso estimula a população a fiscalizar a emissão de nota fiscal e aumenta a arrecadação do Estado”, disse Gaban.
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