segunda-feira, julho 27, 2009

Vereador quer legalização dos moto-taxistas em Ilhéus


O vereador professor Gurita, líder do PP (Partido Progressista) na Câmara de Ilhéus, deu entrada na secretária do Legislativo, a um Projeto de Lei que visa a regulamentação das profissões de moto-taxistas, moto-frete e moto-vigia na cidade. Ele tomou como base uma recente decisão do Senado, onde tais ofícios foram regulamentados, ficando a cargo das Câmaras criarem especificações para cada funcionalidade caso aprovem o exercício destas funções na cidade.
Pelo projeto, o moto-taxista precisa ter carteira de habilitação na categoria A, há pelo menos um ano, e ter sido aprovado em curso especializado, sob regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). Além disso, o moto-taxista não poderá ter atingido 20 pontos na carteira nos 12 meses anteriores e nem possuir antecedentes criminais.
A proposta determina que o condutor use capacete de segurança com o nome, grupo sangüíneo e fator RH, colete com alças laterais pelas quais o condutor possa ser removido, em caso de acidente. O passageiro também terá que usar capacete e colete de segurança, os quais deverão ser identificados por faixas reflexivas e com o número da licença expedida pelo poder público.
O projeto ainda proíbe o moto-taxista de carregar mais de um passageiro, que só poderá ser transportado em carro lateral acoplado ou na garupa, e fazer transporte remunerado de bens. De acordo com a proposta, a moto deverá estar equipada com protetor de motor, aparador de linha, tacômetro e deverá trazer a inscrição "Táxi". Além disso, o veículo terá que passar por inspeção semestral.
A atividade de moto-táxi poderá ser realizada de forma autônoma ou por relação de emprego, ficando a cargo do empregador a manutenção do veículo e o ressarcimento de danos causados a terceiros pelo condutor. Já as multas de trânsito são de responsabilidade do moto-taxista.
Se a atividade for explorada por meio de contrato de trabalho, o projeto determina que o moto-taxista não poderá ganhar menos do que dois salários mínimos (R$ 760) e que a jornada de trabalho deverá ser de seis horas diárias. A proposta prevê a possibilidade de se fazer duas horas extras desde que haja acréscimo de 50% na remuneração. O contrato também deverá conter apólice de seguro de vida e de invalidez permanente.
Segundo Gurita, o “objetivo é tornar esse serviço legalizado, fazendo com que esses segmentos possam cumprir as regras, dentro da legislação do trânsito e que venham trazer segurança a todos os usuários”. A sessão que debaterá a questão ainda não tem data confirmada.

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