Os professores do Colégio Estadual do Basílio (CEB), em Ilhéus, tomaram um baita susto na semana passada, quando telefonou um traficante mandando suspender as aulas no período noturno, porque – pasmem – estava marcado um tiroteio entre o grupo dele e uma facção rival exatamente naquele dia. “É melhor não ter aula, pra não prejudicar vocês”, avisou o traficante, dando uma de “camarada”.
Para ser mais veemente no “pedido”, ele foi até a escola, de revólver em punho, e repetiu o mesmo que tinha dito ao telefone. A direção do colégio, obviamente, não teve escolha. Suspendeu as aulas, para que os rivais do tráfico pudessem trocar tiros sem maiores incômodos.
No dia seguinte, como não houve nenhum telefonema, nem visita estranhos, a escola funcionou normalmente, nos três turnos.
São cenas de uma vida real, daquelas que já não se vê apenas nos telejornais, mas também na cidade vizinha, no bairro vizinho e, para os moradores do Alto do Basílio, na rua vizinha.
O tráfico faz sua lei, cada vez mais forte, e ai de quem disser alguma coisa em contrário.
Diário Bahia
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