sexta-feira, outubro 16, 2009
Imprensa esqueceu o crime
O brutal assassinato das estudantes Andréa e Mônica é um caso típico da barbárie e da intolerência do ser humano numa conjuntura em que a violência, seja ela qual for, insiste em prevalecer sobre a gentileza, a delicadeza e, sobretudo, a nobreza.
Com efeito, neste caso lamentável e deplorável também estão as digitais da covardia dos algozes de Andréa e Mônica, cujo crime foi ter a audácia de entrar num clube da elite itabunense.
Talvez mal trajadas, mas com a sua dignidade e com sua integridade mantidas. Contudo, saiu, quiçá, semi-mortas da Usemi, localizada na Avenida Manoel Chaves.
Sem embargo, é um crime que precisa ser apurado para que a sociedade tenha (ou pelo menos continue tendo) esperança de dias melhores. Certamente, também será um crime marcado pela dúvida.
Quem matou Andréa e Mônica, seja lá quem for, carregará consigo a marca indelével da covardia e da fragilidade de caráter e da moral. Aliás, como dizem os mais antigos, para se conhecer um homem ou alguns homens, basta dar-lhes um uniforme, um cassetete, uma arma, dinheiro em abundância, poder etc.
Somando a falta de caráter à essa combinação de "supostos bens (armas, uniforme, poder etc) materiais ou imateriais", muitos crimes são praticados neste município, onde a tortura ainda é praticada nos porões das delegacias - uma herança maldita da ditatura - e até mesmo em plena luz do dia. Tudo por homens de uniforme, com poderes ou com armas para lher dar coragem, porque, no fundo, não passam de covardes vis.
Paulo Caminha é jornalista profissional formado, atuando há mais de 30 anos, com experiência em jornal impresso, TV, revista, rádio, webjornalismo e mídias alternativas, além de assessorias de imprensa
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