domingo, novembro 08, 2009
‘Consórcio oculto’ do metrô de Salvador está sob investigação
As investigações do Ministério Público Federal (MPF) sobre as obras do metrô de Salvador, inclusas na Operação Castelo de Areia, caminham agora para novos supostos participantes, entre homens públicos e empreiteiras. A Justiça já acatou denúncia do MPF contra sete executivos das empreiteiras Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Impregilo (empresa italiana), mas outros nomes estão sendo avaliados para a proposição de ações.
Uma das questões que estão sendo investigadas é o chamado “consórcio oculto”, uma suposta operação que envolveria participação de empresas perdedoras da concorrência, permitindo que elas participassem irregularmente da obra, com a anuência do poder público. Entre as empresas sob análise, estariam as gigantes baianas Odebrecht e OAS e a Constran. Um dos sete executivos acusados na Justiça pode optar pela delação premiada e ajudar a revelar detalhes do esquema
Pelo que está apurado, na licitação do metrô a Impregilo (empresa italiana, o processo licitatório foi internacional) ganhou, o consórcio Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Siemens, que ficou em segundo, ficou com a obra após “indenizar” os italianos pelo valor, conforme o processo, de pouco mais de R$ 1,5 milhão, embora esse valor possa ser maior. Já “consórcio oculto” seria a introdução das outras empresas, que disputaram a licitação e ficaram em terceiro lugar, com a plena concordância da Companhia de Transportes de Salvador (CTS, órgão da Prefeitura de Salvador que coordena o metrô), apesar da prática ser ilegal.
A Odebrecht nega que tenha feito qualquer contrato desse tipo, mas as autoridades já têm conhecimento de minutas de reuniões para tratar do assunto. Falta o processo que resultou na aceitação formal por parte da CTS (leia-se Prefeitura de Salvador), documento que, pelo que pode apurar, ‘sumiu’. Sumiu das vistas oficiais. Um dos sete executivos acusados na justiça por procuradores federais diz tê-los em mãos. (A Tarde Online)
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