sexta-feira, novembro 27, 2009
Estudo aponta aumento da Aids em Salvador e Feira de Santana
A coordenadora do Programa Municipal DST/Aids em Salvador, Maria do Socorro, recebeu com surpresa a informação de que, na capital baiana, aumentou em 41% o número de pessoas com Aids entre o ano de 1997 e 2007. O dado consta no Boletim Epidemiológico Aids/DST 2009, divulgado na última quinta-feira pelo Ministério da Saúde. O balanço partiu do levantamento dos casos da doença em 4.867 municípios brasileiros onde foi notificada pelo menos uma ocorrência.
“Eu não acredito num crescimento nessa proporção”, afirmou Socorro, explicando que a descentralização dos programas DST/Aids pelo Estado teria possibilitado o aumento das notificações nos municípios. “Quando você aumenta as coordenações, você testa mais. Aí vão aparecer mais casos porque a gente tem conhecimento deles”, disse.
De acordo com Socorro, até 2004 o Estado tinha apenas oito municípios com o programa, hoje são 26. O motivo do aumento dos casos não seria, segundo ela, falta de investimento. Em 2007 e 2008, o programa de DST/Aids em Salvador contou com cerca de dois milhões e meio de recursos do município e incentivos federais. Somente com recursos da Secretaria da Saúde Municipal, afirmou a coordenadora, foram comprados seis milhões de preservativos: “O importante a frisar é que o trabalho (de prevenção e assistência) é uma constante para a gente”.
À frente do Centro Estadual Especializado no Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (Cedap), o antigo Creaids, a médica ginecologista Valéria Macedo vem sentindo o crescimento de infectados pelo aumento da própria demanda da unidade, que, segundo ela, recebe por dia de seis a oito novos pacientes com Aids. De acordo com a coordenadoria estadual do Programa de DST/Aids (Sesab), de 1984 até 2008 foram registradas em toda a Bahia 11.100 pessoas com Aids. Somente este ano, foram notificados 438 casos. A estimativa é que existam hoje 630 mil pessoas infectadas com o HIV no Brasil.
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