O Ministério Público estadual entrou com pedido de prisão preventiva contra o ex-prefeito de Ilhéus, Valderico Reis (PMDB), por crime de responsabilidade. Ele governou o município no período de janeiro de 2005 a agosto de 2007.
A promotora de Justiça, Karina Cherubinni, baseou o pedido no fato do ex-prefeito estar em “lugar incerto e não sabido” e em inquérito policial 304/2009, de investigação de irregularidades na gestão do ex-peemedebista.
O pedido de prisão de Valderico está incluído em nova denúncia da promotoria contra o ex-prefeito que chegou ao poder com a fama de empresário bem sucedido. De acordo com a própria defesa do acusado, ele estaria em algum lugar do Amazonas.
Na denúncia oferecida à Vara Criminal da Comarca de Ilhéus, ontem, a promotora Karina Cherubini observa que Valderico desrespeitou termo de ajustamento de conduta (TAC) assinado com o Ministério Público e contratou funcionários ilegalmente, sem concurso, nas áreas de saúde e educação.
Além de desrespeitar ao TAC, o prefeito era informado, mês a mês, das contratações e pagamentos irregulares, segundo observa a promotoria. Essa informação era repassada ao gestor pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Os alertas de nada adiantaram. E as suas contas de 2006 e 2007 foram reprovadas.
Ao fundamentar o seu pedido, a promotoria observou que o fato do ex-prefeito não ter sido localizado nem pela polícia nem pela Justiça “coloca em risco a aplicação da lei penal e a instrução criminal”. Valderico não foi localizado nem durante a fase do inquérito policial que culminou na denúncia feita pelo MP.
NEWTON NA MIRA
Vice-prefeito de Valderico Reis, o atual gestor de Ilhéus caiu nas garras do Tribunal de Contas dos Municípios. Na terça, 15, conforme o Pimenta informou com exclusividade, as contas de 2008 do atual prefeito foram reprovadas em parecer do relator Paolo Marconi. Newton terá que devolver cerca de R$ 2 milhões, referente a desvios no Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). (Pimenta na Muqueca)
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