Levantamento feito por representantes de pequenos produtores de Ilhéus, revela que, nos últimos 15 dias, 14 pequenas propriedades rurais foram invadidas na região por supostos índios Tupinambá. O clima é tenso na região. Produtores defendem a imediata formação de milícias para defender fazendas de possíveis ataques e acusam grupos e representantes polícos - sem citar nomes - como incentivadores do movimento. O presidente da Associação dos Pequenos Produtores, Luíz Henrique Uaquim trata o movimento como "uma revolução silenciosa", informa que pelo menos um trabalhador rural foi assassinado em Itaju do Colônia e os donos das áreas invadidas "postos às margens das ruas" pelos invasores.
Em recente artigo, Uaquim pergunta: "se morrerem índios e agricultores, de que é a responsabilidade"? No artigo, ele alerta que a Associação de Pequenos Agricultores de Ilhéus, Una e Buerarema, vem constantemente informando as autoridades competentes do Governo federal, quais sejam, Policia Federal, Ministério Público Federal, Justiça Federal e Funai, incluindo em especial, a Procuradoria do Ministério Público Federal, de que os Pequenos Agricultores vêm sofrendo constantes invasões em suas propriedades, através de ações violentas, das propriedades e residências, com armas de fogo de grosso calibre.
"A Associação - diz Uaquim - não se responsabiliza por qualquer atitude que os produtores rurais, atingidos, venham a adotar de forma individual, diante da omissão perpetrada pelos referidos órgãos, entendendo que podem exercer, em legítima defesa, os seus direitos constitucionais de proteger as suas famílias, suas propriedades e suas residências. Entendemos assim, que o Estado Democrático de Direito em nossa região, se decompõe e cede lugar a um novo Estado: o do crime organizado".
http://www.jornalbahiaonline.com.br/index.asp?noticia=8882
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