sábado, outubro 30, 2010

Loiola desviava R$ 20 mil todo mês, denuncia ex-chefe de gabiinete


Numa entrevista bombástica ao jornal A Região, o ex-chefe de gabinete do presidente da Câmara de Vereadores de Itabuna, Eduardo Freire, denuncia que Clóvis Loiola (PPS) desviava todo mês R$ 20 mil.
Segundo Eduardo, parte deste dinheiro era desviado dos contratos de publicidade da Mozaico Propaganda, que atende a Câmara. Todo mês a agência recebia R$ 47 mil para pagar os veículos de comunicação, mas R$ 11 mil eram desviados para a "mesada" de Loiola.
O dinheiro era entregue pela agência de publicidade a Eduardo Freire em cheque nominal. A grana era sacada e depois repassada integralmente ao presidente da Câmara em espécie e em depósito na conta mantida pelo presidente no Banco do Brasil.
O esquema de desvio era facilitado porque a agência nunca prestava contas do dinheiro.
Pelo contrato, a Mozaico deveria apresentar os comprovantes de pagamento, notas fiscais e recolhimentos de impostos. Mas nada disso era feito porque o presidente da Câmara, Clóvis Loiola, se beneficiava da flata de transparência. "A Mozaico ganhou a concorrência por imposição do presidente", disse Eduardo.

Dívida eleitoral
Outra denúncia do ex-chefe de gabinete diz respeito às dívidas da campanha eleitoral do presidente Loiola. Segundo eduardo, tudo que estava pendente foi pago com dinheiro de Câmara. Até a dívida da atual residencia do presidente, no bairro Santa Inês, no valor de R$ 90 mil, teve dinheiro desviado do legislativo (R$ 30 mil). O dono da casa é Antonio Carlos Costa (Carrero), novo administrador da Câmara, colocado no cargo para saldar a dívida de R$ 60 mil.

Bens
Segundo Eduardo Freire, com o esquema de corrupção, Loiola comprou bens como carro, fazenda em Itajuipe e casa de praia em Ilhéus. "Como o salário de vereador é comprometido, ele só tem livre por mês R$ 1,5 mil, seria impossível comprar tudo isso", explica o ex-chefe de gabinete que foi exonerado do cargo no dia 23 de setembro. Antes, Eduardo foi colocado na condição de diretor da Câmara, mas ficou pouco tempo.
Eduardo resolveu "abrir o bico", depois que foi acusado de participar do esquema de corrupção, pela CPI da Câmara (Loiolagate), que investiga o desvio de aproximadamente R$ 1 milhão. "Quando me exonerou eu pedí que ele (o presidente) evitase minha exposição na imprensa, mas o conselho não foi levado a sério", concluiu.

Outro vereador
Além de Loiola, outro vereador, Ruy Machado, foi apontado como participante do esquema de corrupção. Além do esquema do crédito consignado, Ruy recebia por mês diárias de R$ 2 mil e salário integral enquanto estava em tratamento médico em Salvador.
Pelo regimento da casa, o vcereador teria que se afastar e dar lugar ao primeiro suplente Ricardo Xavier (PMDB), enquanto estivesse em tratamento.
Eduardo disse que Ruy, com autorização do presidente da Câmara, ordenou ao setor de Recursos Humanos que "limpasse do contracheque o empréstimo, para ter margem maior" para contrair empréstimo maior no Banco do Brasil.
Veja a matéria completa no jornal A Região, edição do final de semana.

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