quinta-feira, novembro 04, 2010

Custo da certa básica aumenta 7% em Ilhéus e 5% em Itabuna


O custo da cesta básica na cidade de Ilhéus aumentou 7,28%, de R$168,55 em setembro passou para R$180,82 em outubro (Tabela 1). A elevação de 31,54% no preço do feijão foi o que mais influenciou no crescimento desse custo. Os outros produtos que apresentaram comportamento semelhante foram: açúcar (13,56%), banana (8,69%), pão (7,12%), tomate (4,96%), manteiga (4,44%), carne (4,22%), óleo de soja (4,18%), café (3,15%) e leite (0,68%).
Já o preço da farinha diminuiu 4,19%, passou de R$1,67 em setembro para R$1,60 em outubro. Comportamento de queda foi observado também no arroz (-1,06%).
O aumento no custo da cesta básica proporcionou retração no poder de compra do trabalhador no mês de outubro, comparativamente a setembro. O comprometimento do rendimento líquido que era de aproximadamente 36% em setembro, passou para 38,54% em outubro, tomando-se como referência o salário mínimo líquido de R$ 469,20 – descontando-se 8% de contribuição previdenciária do salário bruto de R$ 510,00. O tempo despendido para um trabalhador com remuneração de um salário mínimo, para adquirir todos os produtos da cesta básica passou de 72 horas e 43 minutos em setembro para 77 horas e 59 minutos em outubro.
Para uma família composta de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças, em que duas crianças equivalem a um adulto), o custo da cesta básica para seu sustento, durante o mês de outubro, atingiria o valor de R$ 542,46, equivalente a aproximadamente 1,06 vezes o salário mínimo bruto de R$ 510,00.
Ao analisar os últimos seis meses, verifica-se diminuição no custo da cesta básica em Ilhéus de 6,15%. Nesse período, o produto com maior redução de preço foi o tomate (-62,76%), enquanto o feijão sofreu o maior aumento (50,15%).
Nos últimos 12 meses o custo da cesta básica, em Ilhéus, aumentou 12,55%, sendo novamente o feijão o produto que apresentou maior elevação de preço (113,56%) e o tomate maior diminuição (-49,20%). Em Itabuna o custo da cesta básica aumentou 4,28% em relação a setembro, de R$168,31 passou para R$175,51 em outubro (Tabela 1). A elevação no preço do feijão de 24,63% foi o que mais influenciou no comportamento do custo da cesta. Os demais produtos que tiveram comportamento semelhante foram: açúcar (15,56%), pão (13,74%), banana (5,44%) e manteiga (3,75%).
Já o preço da farinha teve retração de 1,86%, passou de R$1,61 em setembro para R$1,58 em outubro. Outros produtos que apresentaram redução de preço foram: carne (-1,68%), tomate (-1,59%), leite (-1,38%), óleo de soja (-1,12%) e café (-0,80%). O preço do arroz manteve-se inalterado.
A elevação no custo da cesta básica proporcionou diminuição no poder de compra para o trabalhador em outubro, comparativamente ao mês de setembro. O comprometimento do salário mínimo líquido passou de 35,87% em setembro para 37,41% em outubro. O tempo despendido pelo trabalhador para adquirir os produtos da cesta passou de 72 horas e 35 minutos, em setembro, para 75 horas e 42 minutos em outubro. Em Itabuna, no mês de outubro, o custo da cesta básica para o sustento de uma família, composta de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças, em que duas crianças equivalem a um adulto), atingiu o valor de R$526,53 correspondendo a aproximadamente 1,03 vezes o salário mínimo bruto de R$510,00.
Nos últimos seis meses, em Itabuna, observa-se redução no custo da cesta básica em 5,22%. O tomate foi o produto que registrou a maior diminuição de preço (-63,10%), e o feijão o maior aumento de preço (54,29%).
Com relação à variação anual do custo da cesta básica em Itabuna, houve aumento de 4,50%. Durante esse período, o feijão novamente apresentou à maior elevação de preço (127,67%) e o tomate a maior redução (-51,18%).
Os problemas climáticos – ausência de umidade e altas temperaturas - enfrentados nas principais regiões produtoras no centro do Brasil, provocaram elevações de custo de produção do feijão, refletindo no seu preço em nível de consumidor.
O aumento no preço da banana é explicado pelas condições climáticas desfavoráveis no Estado do Espírito Santo – principal fornecedor da fruta para a Bahia – que geraram grandes perdas, restringindo a sua oferta no mercado.
Apesar do aumento na captação de leite, as prolongadas secas castigaram algumas das principais regiões produtoras do país, refletindo no comportamento do preço dos seus derivados, a exemplo do comportamento altista do preço da manteiga.
O aumento do preço do pão deve-se ao aumento das importações do trigo, uma vez que as recentes quedas no preço no mercado externo e valorização do real frente ao dólar têm favorecido as importações do trigo. O que tem reduzido o número de negócios dentro do mercado doméstico.
Devido à demanda exercida pelo mercado internacional e redução da oferta no mercado doméstico, verifica-se comportamento altista no preço do açúcar.
A condição climática favorável à colheita da mandioca nas últimas semanas elevou a oferta da matéria-prima à indústria, provocando um cenário de redução do seu custo de produção, acarretando diminuição nos preços em nível de consumidor final.

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