A direção do Hospital Geral Luiz Viana Filho, em Ilhéus, vai acionar, no início da próxima semana, o Ministério Público Estadual (MPE) para que os seus representantes possam conhecer “in loco” os perigos iminentes que podem comprometer muito em breve os serviços da unidade hospitalar em função da crise que toma conta do sistema de saúde do município.
De acordo com informações do diretor Gustavo César da Silveira, com os problemas enfrentados pela secretaria municipal da Saúde – e a conseqüente desarticulação no funcionamento dos Postos de Atenção Básica – o hospital geral passou a atender, diariamente, 300 pessoas em seu ambulatório. “Ontem (quarta-feira, dia 10), um clínico geral chegou a atender 80 pessoas. E um pediatra, a mesma quantidade. Isso é humanamente impossível”, reflete Gustavo César.
A preocupação do diretor é ainda maior com a proximidade da alta estação e das festas de final do ano, quando Ilhéus recebe, em média, uma população visitante estimada em 50 mil pessoas. “É o período em que aumenta consideravelmente o número de afogamentos, excesso de bebidas alcoólicas e acidentes automobilísticos. Como iremos dar conta de tudo isso”, indaga.
Para Gustavo, o Hospital Geral Luiz Viana Filho funciona para atender casos de urgência e emergência, mas vem cumprindo um papel que não é da sua responsabilidade. “As autoridades inverteram o cume da pirâmide. Era para chegar até aqui o hospital apenas os casos que não fossem resolvidos pela base (Prefeitura). Estamos bem preparados para atender a urgência e emergência, mas dar suporte a 15 cidades e ainda atender a parte de ambulatório não há hospital que consiga fazer isso”, critica.
http://www.jornalbahiaonline.com.br/index.asp?noticia=9137
Nenhum comentário:
Postar um comentário