segunda-feira, novembro 01, 2010
Igreja denuncia execução de moradores de rua em Alagoas
Na capital de Alagoas, praticamente 1 em cada 10 moradores de rua, de uma população estimada entre 300 e 400 pessoas, foi morto neste ano - o 31º assassinato foi registrado ontem. São três casos em média por mês, ante dois casos em todo o ano passado, e até o governo acredita na ação de um esquadrão da morte, com a possível participação de policiais. Até agora, ninguém foi preso e o Brasil pode ser denunciado à Organização das Nações Unidas (ONU).
O alerta é do governo federal, mais especificamente da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, que já pediu ao Ministério da Justiça a entrada no caso da Polícia Federal. No fim de semana, a Arquidiocese de Maceió tornou púbica carta em que cobra providências das autoridades e pede auxílio aos católicos e pessoas de boa vontade para que "contribuam, com suas atitudes, para criar um clima de verdadeira fraternidade e de efetiva justiça". "Exortamos todos a defender a vida", disse, comovido, o arcebispo d. Antônio Muniz.
Segundo o promotor de justiça Alfredo Gaspar de Mendonça, do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gcoc), a morte ontem do homem chamado Timbalada está relacionada ao assassinato de outro morador de rua, o Cotó, que foi executado a tiros em circunstâncias parecidas na semana passada.
O governo informou que esperava o fim do período eleitoral para realizar prisões - e se recusa a dar números oficiais. A reportagem conseguiu confirmar 23 casos, antes de a Igreja divulgar há três dias uma lista com 30 casos.
http://www.atarde.com.br/brasil/noticia.jsf?id=5644249
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