Terminou por volta das 13h20 desta terça-feira (9) a rebelião no complexo penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, no Maranhão. O motim, que começou na manhã da última segunda-feira (8) em dois presídios do complexo e durou cerca de 27 horas, deixou ao todo 18 pessoas mortas de acordo com a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) maranhense e o Ministério Público do Estado.
A Tropa de Choque da Polícia Militar estava no local por volta das 14h para realizar uma vistoria. Após o término da rebelião, três armas de fogo foram encontradas em poder dos detentos.
Segundo o Ministério Público do Maranhão, a rebelião foi causada por uma disputa de poder entre grupos dentro do presídio. Os detentos estão descontentes com a política da administração penitenciária, que está levando presidiários do interior do Maranhão para o complexo na capital. Ainda segundo o MP, o complexo, que tem capacidade para 2.000 pessoas, abrigava cerca de 4.000 no dia do motim.
Até o final da última segunda, nove corpos foram liberados pelos detentos. Três deles estavam decapitados e nenhum deles tinha os órgãos genitais. Cinco agentes penitenciários foram mantidos reféns durante a rebelião.
Por causa dos mortos, a governadora do Estado, Roseana Sarney, solicitou reforço do Ministério da Justiça, que enviou 31 policiais e um negociador ao presídio. O motim começou depois que detentos dominaram um agente penitenciário e o fizeram de refém. O funcionário foi baleado e liberado para ser atendido. Os presos pedem maior agilidade da Justiça e ampliação do espaço carcerário para evitar a superlotação.
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