Três dos principais palestrantes do segundo dia de debates da Campus Party, em São Paulo, defenderam hoje (18) o uso da internet como um instrumento de transparência das ações da iniciativas pública e privada. Al Gore, ex-vice presidente dos Estados Unidos, Tim Berners-Lee, criador da Word Wide Web, e a ex-candidata à presidência da República, Marina Silva, apresentaram sugestões de como a rede global deveria ser usada para mostrar à sociedade como estão agindo os governos e as empresas privada.
Al Gore defendeu a publicação na internet do nome das empresas mais poluidoras do planeta e a maneira como ocorre à relação delas com os cidadãos. Ele afirmou ser necessário explicitar na rede como as pessoas, em seu dia-a-dia, acabam colaborando, mesmo sem saber, com as empresas poluidoras.
Apesar de defender a transparência via internet, Gore não quis se pronunciar claramente favorável ao WikiLeaks, organização que publica informações confidenciais, vazadas de governos ou empresas. “Esse é um caso que tem de ser visto pela Justiça”.
A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ressaltou que a internet teve papel preponderante na manutenção do Plano de Combate ao Desmatamento, elaborado em sua gestão no ministério. “Uma das coisas que salvaram o plano foi que, durante o período em que fiquei no governo, todas as informações sobre desmatamento foram colocadas na internet para que as pessoas pudessem ter o acesso à informação bruta polígono por polígono”.
Marina sugeriu que o plano contra desastres ambientais, anunciado recentemente pelo governo, siga os mesmos passos do de combate ao desmatamento, expondo na internet todas as informações e ações tomadas. "O programa que estão lançando para os desastres ambientais deveria acontecer do mesmo jeito. Que se faça algo parecido com o Programa de Combate ao Desmatamento, um processo aberto para a academia e para a sociedade".
Informações: Bruno Bocchini - Edição: Rivadavia Severo - Agência Brasil.
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