terça-feira, janeiro 18, 2011

Médicos do Samu ameaçam demissão em massa


Os profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Salvador se reuniram, na tarde desta segunda-feira, 17, para discutir a resposta do secretário municipal de Saúde, Gilberto José, sobre a pauta de reivindicações da categoria enviada à Secretaria Municipal de Saúde de (SMS), no último dia 12, quarta-feira. Os médicos ameaçam pedir demissão coletiva, caso os pedidos encaminhados ao governo municipal não sejam atendidos.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA), Francisco Magalhães, a possibilidade de paralisação em Salvador está descartada até o dia 5 de fevereiro, após ser dado à prefeitura prazo de 30 dias para apresentação de propostas.

Ultimato - Segundo Magalhães, a categoria ainda está analisando a resposta do secretário e espera agendar uma reunião com ele. “Demos um prazo de 30 dias para resolver o problema a partir do dia 5 deste mês, como a contratação imediata de novos médicos. Caso contrário, os médicos farão uma espécie de demissão coletiva”. assegurou.

Atualmente, há 40 médicos no Samu, quando deveria haver 80, segundo Magalhães. A demissão em massa, acrescenta o vice-presidente do Sindimed-BA, deixaria o serviço sem profissionais especializados para assumir os resgates realizados.

Diálogo - Segundo o coordenador do Samu, Ivan Paiva, está havendo dialogo entre a categoria e a prefeitura. Os profissionais pedem novo concurso público e reclamam da falta de aumento salarial há cinco anos, precarização do serviço – terceirizado pela empresa Pró-Saúde –, dificuldade de organização de pacientes, falta de infraestrutura nas unidades para onde são levadas as vítimas socorridas e escalas apertadas.

Encaminhamento da SMS a reivindicações

Vínculos trabalhistas - Segundo a Procuradoria Geral do Município de Salvador, a regularidade de vínculos trabalhistas ocorrerá via concurso público, que já foi solicitado à Seplag.

Salários - Enquanto permanecerem os vínculos por Reda e TAC, o aumento dos salários deverá ser equivalente ao reajuste dado aos funcionários públicos municipais, cuja proposta já está sendo encaminhada para Casa Civil da Prefeitura. Os valores previstos no Plano de Cargos e Salários só poderão vigorar após admissão por concurso público.

Condições de trabalho - A nova gestão da SMS está identificando as necessidades das unidades para adotar as providências.

Regulação - Em breve, haverá integração entre as centrais de regulação de Município e Estado.

(Hieros Vasconcelos - A TARDE)

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