sábado, janeiro 15, 2011

PMs envolvidos no caso Joel serão indiciados por homicídio doloso


O Ministério Público do Estado apresentou denúncia nesta sexta-feira (14) contra os nove policiais militares envolvidos na morte de Joel da Conceição Castro. Eles foram indiciados por homicídio doloso triplamente qualificado (cometido por motivo torpe, oferecendo perigo comum e impossibilitando a defesa da vítima), cuja pena pode chegar a 40 anos de reclusão.
A denúncia foi feita pelos promotores de Justiça Davi Gallo Barouh e Antônio Luciano Silva Assis contra o soldado PM Eraldo Menezes de Souza, autor do disparo que vitimou a criança, o tenente PM Alexinaldo Santana Souza, que comandou a ação, e contra os policiais Leonardo Passos Cerqueira, Robson dos Santos Neves, Paulo José Oliveira Andrade, Nilton César dos Reis Santana, Luís Carlos Ribeiro Santana, Juarez Batista de Carvalho e Maurício dos Santos Santana.
Na denúncia, os promotores informam que, “em ação conjunta, solidária e com identidade de propósitos, imbuídos de sentimento torpe, consistente em maldade pura e simples”, todos os policiais adentraram o bairro do Nordeste de Amaralina, precisamente na Rua Aurelino Silva, efetuando vários disparos de armas de fogo, resultando na morte do menino Joel Castro, atingido no rosto quando se encontrava no seu quarto, preparando-se para dormir. De acordo com os autos, o soldado PM Eraldo de Souza prostrou-se em um barranco situado em frente à residência da vítima e, agachando-se, mirou a arma em direção à janela, efetuando o disparo que atingiu a criança dentro de sua residência. Os promotores de Justiça afirmam ainda, na denúncia, que o menino Joel estava em frente à janela, “onde poderia ver e ser visto, pois a iluminação do poste assim possibilitava”, e, após proferir suas últimas palavras – “meu pai, ele vai atirar” –, foi atingido no rosto e caiu sobre um colchão.

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