Procurador ataca governo em blog e diz que Valderico saiu por muito menos

O procurador federal Israel Nunes voltou a atacar o governo de Ilhéus em seu blog. E, mais uma vez, de forma dura. Disse que à cidade falta transparência, falta democracia, falta coesão, falta legalidade, falta honestidade, falta vontade de trabalhar. Falta governo, enfim. No artigo publicado ontem (18) à tarde, Israel Nunes afirmou que a sentença que anda nas ruas de Ilhéus é de que "por muito menos cassaram Valderico", numa alusão ao ex-prefeito afastado do cargo em 2007.
No artigo, denominado "Divagações, o município vive dias tenebrosos", o procurador federal afirma que mesmo a interpretação mais benéfica sobre o município de Ilhéus, revela a agonia de um governo e de uma cidade. "Newton Lima e seu Secretariado, já renovado pelo menos uma vez, provou sua incompetência administrativa. Denúncias, escândalos, destruição e lixo é o que deixará para a história ilheense, ao que tudo indica", afirma.
Fala ainda que a impressão que se tem é de que a grande maioria da equipe do governo já teria mandado às favas o interesse público. "Só mira em seu próprio umbigo", acusa. O ataque não se restringe ao governo municipal. Respinga na Câmara também. "A Câmara de Vereadores exerce uma oposição absolutamente irresponsável. Os vereadores são incapazes de barrar aumentos de passagem e de exercerem uma fiscalização séria sobre as contas municipais, já reprovadas quatro vezes consecutivas pelo Tribunal de Contas do Município. Exercem uma oposição de pura inviabilização da governabilidade, concedendo aumentos que abarrotam a folha de pessoal e elegendo Mesa Diretora contrária ao Governo. E só. De resto, cada um de olho no seu próprio peixe", afirma.
Mesmo sem citar nomes, o procurador também tenta atingir ex-governantes da cidade que pensam em, muito em breve, retornar ao cargo. "O retorno de antigos políticos já se tem sentido nas ruas, seja nos bairros ou no centro da Comuna. Todo saudosismo é ilusório, pois em verdade nada mais significa do que a decepção com o presente. Quando estamos decepcionados com a atualidade, invocamos os ”velhos tempos”, embora se saiba de antemão que nem sempre o passado trouxe benefícios".
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