segunda-feira, fevereiro 21, 2011

CRÍTICA: Este é o pior time feminino de todos os ‘BBB’s


É a voz corrente que os hóspedes da casa do “Big Brother Brasil” encarnam personagens tipificados que fazem o jogo andar num primeiro momento. O bonzinho, o “na dele”, o caipirão, a cachorra etc. Aos poucos, para usar um clichê consagrado pelo programa, “as máscaras caem” e as pessoas se revelam como são. Eis então, por baixo das cascas, que o jogo surge e ferve. Isso se expressa até mesmo fisicamente, à medida em que o efeito dos anabolizantes vai se dissolvendo e os corpos ali se tornam, digamos, mais parecidos com algo produzido pela natureza.
Desta vez, algo inédito está acontecendo. As mulheres são quase todas submissas, sem qualquer traço de altivez. O paroxismo desse comportamento está personificado em Maria. A moça, candidata a musa do programa num visível esforço do pessoal da edição, não serve mesmo para o posto. Falta-lhe o principal: autoestima, fé na capacidade de sedução, pelo menos um dos pés fora da lama. Ela se arrasta de uma maneira desprezível atrás de Maurício, uma pedinte chata. Isso lá é comportamento de musa?
Não é só ela. Adriana se oferece para o “sem atitude” (visivelmente misógino) Rodrigão. Mas o pior de tudo aconteceu dia desses, quando Paula foi vítima de uma das explosões de energia bruta de Diogo. O sujeito é um dínamo e, ligado na voltagem da raiva, partiu para cima dela com palavras inaceitáveis. “Sua p... gorda”, berrou. Apesar da discussão pública, ninguém se manifestou, o clima geral foi de naturalidade absoluta. Depois de um pedido de desculpas, a moça ainda dormiu enroscada nele. Só Diana, dona, aliás, do único corpo totalmente humano da casa, desvia da regra. Pelo visto, as mulheres do “BBB 11” não sabem se defender. E, com exceção de Daniel — apenas ele pareceu indignado com as ofensas proferidas por Diogo — também não têm quem as defenda. São bobas e não se dão valor. Falta uma voz dissonante no grupo, alguém que ajude a dar nome aos bois. Vai ver é por isso que as enquetes de internet não apontam para um favorito como acontecia invariavelmente nas edições anteriores.

Pesquisa
O primeiro grupo de discussão de “Insensato coração” aconteceu em São Paulo na semana passada. A pesquisa não foi antecipada (ela costuma mesmo ser feita em torno do capítulo 24). Os resultados estão sendo mantidos a sete chaves.

Humor 1
"Junto & misturado” voltará a ser gravado em abril e ficará três meses em produção. A Globo encomendou 14 episódios e os textos já estão prontos. O elenco será o mesmo da temporada anterior.

Humor 2
A direção pensou em aumentar o elenco do humorístico, mas não deu. Fernanda Souza está reservada para outra novela (ela está em “Ti-ti-ti”). E Lúcio Mauro Filho, outro cogitado, está em “A grande família”.

Salve ele
Saudades de Jack Bauer? Eu também. Kiefer Sutherland, estrela de “24 horas” negocia sua volta à Fox. Agora para “Touch”, série em torno do pai de um menino autista com poderes de prever o futuro.

Nota 10
Para a reprise de “O rei do gado” no Canal Viva. A novela de Benedito Ruy Barbosa dirigida por Luiz Fernando Carvalho era boa na época e continua ótima de se acompanhar. Aliás, como muito da programação do Viva.

Nota 0
Para a entrevista de um crupiê a Amaury Jr. Ambos disseram enfaticamente que o jogo foi proibido no Brasil nos anos 60 por Costa e Silva. Só que foi em 46, por Dutra. O crupiê não sabe nada de seu ofício e Amaury não fez pesquisa. (Patrícia Kogut)

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