Um deficiente físico jogou gasolina no próprio corpo e ameaçou tocar fogo. O protesto, na manhã desta terça-feira (1º), na BR-101, no centro de Eunápolis, foi por causa de um suposto boicote da associação que representa os trabalhadores em carro de som.
O homem - que sobrevive veiculando propaganda volante com um triciclo adaptado - afirmava que prepostos da associação ameaçavam denunciá-lo ao Ministério Público, já que ele não é associado e não atenderia aos requisitos para exercer a função.
Com o psicológico abalado, e com um isqueiro na mão, ele estava determinado a se matar. O pior não aconteceu por causa de soldados do 6º Grupamento de Bombeiros Militar, que tinham acabado de sair do trabalho, e do inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Cláudio Santos.
A negociação foi tensa. Os policiais e os populares que se aglomeraram em volta do triciclo (também encharcado de gasolina), falavam palavras de incentivo, tentando que o protestante mudasse de idéia.
Chorando copiosamente, ele exclamava que tinha uma mulher, também deficiente física, uma filha pequena, e que precisava pagar as prestações do seu veículo, já que o trabalho com som volante seria a sua única fonte de renda
O protesto chamou a atenção de vários motoristas que passavam pela rodovia, deixando o trânsito no local congestionado. O homem acabou desistindo de se suicidar e foi levado para o Hospital Regional de Eunápolis, muito deprimido, por uma equipe do SAMU.
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