A Justiça mineira realiza nesta quinta-feira (24) a primeira audiência para ouvir testemunhas no processo do esquema conhecido como valerioduto tucano.
O Ministério Público do Estado afirma que a campanha de reeleição do então governador --e atual deputado federal-- Eduardo Azeredo (PSDB) desviou R$ 3,5 milhões de estatais mineiras em 1998.
O ex-ministro do Turismo Walfrido dos Mares Guia, que é réu no processo, acompanha a audiência no Fórum Lafayette, na capital mineira. Já o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado de gerenciar o esquema de desvios, não compareceu.
Ele esteve no fórum no dia 26 de janeiro, data em que estava marcada, em princípio, a audiência. O procedimento, porém, foi adiado porque nem todos os réus haviam sido encontrados pela Justiça.
As testemunhas convocadas pela Promotoria deram explicações sobre o caso.
O ex-secretário da Casa Civil e de Turismo de Minas Amilcar Viana Martins, que ocupou os cargos durante o primeiro mandato de Azeredo, disse hoje que recebeu R$ 6.000 da agência de publicidade SMP&B, de Marcos Valério, para saldar dívidas da campanha de 1998, quando foi candidato a deputado estadual.
Ele confirmou que não prestou contas da verba à Justiça Eleitoral.
Já o empresário Aristides França Neto, que era diretor da CNT (Confederação Nacional do Transporte) em 1998, disse na audiência que prestou serviços à campanha de Azeredo e recebeu, em sua conta pessoal, R$ 205 mil da agência de Valério. O dinheiro foi gasto inteiramente na campanha, segundo o depoimento.
Apenas metade dos convocados compareceu à sessão, o que deve significar uma nova rodada de depoimentos. Depois disso, a juíza Neide da Silva Martins, da 9ª Vara Criminal, deve divulgar a sentença em primeira instância.
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