sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Navalha da Dilma

O governo cortou na carne dos parlamentares que o apoiam: dos R$ 1,7 bilhão de emendas que vetou no Orçamento, 68% eram de deputados e senadores de sua base de apoio. Só agora, depois da votação do salário mínimo, eles começam a tomar conhecimento da navalhada. O levantamento, com base em informações disponibilizadas pelo executivo, foi feito pela assessoria técnica do PSB.
Todos os parlamentares são iguais -mas alguns são mais iguais. O ministro Antonio Palocci, por exemplo, apresentou R$ 13 milhões para projetos de "infraestrutura" quando era deputado. Todas as suas emendas foram preservadas. Já Luiza Erundina (PSB-SP) apresentou iguais R$ 13 milhões, para projetos de segurança alimentar e inclusão digital: R$ 4,7 milhões foram vetados.
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aquele deputado que chegou a ameaçar o governo, também escapou da tesoura: apresentou R$ 13 milhões em emendas; sofreu corte apenas em uma, de R$ 300 mil.
No embalo, o governo vetou R$ 1,2 milhão de emendas da ex-senadora Marina Silva (PV-AC). Entre elas, R$ 100 mil que seriam destinados à construção do edifício-sede do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade em Brasília. (Mônica Bergamo)

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