terça-feira, fevereiro 22, 2011

Petróleo: Brasil sentirá os efeitos dos protestos na Líbia


A escalada dos protestos na Líbia fez com que os preços do petróleo atingissem os patamares registrados antes do estouro da crise financeira global, em setembro de 2008. O barril do Brent, negociado em Londres, avançou 5,6%, para US$ 108,03. Já o do tipo leve americano, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, teve alta de 6,3%, para US$ 95,39.
Para analistas, a volatilidade dos preços deve se manter e o barril pode ultrapassar nos próximos dias o recorde de US$ 140, de julho de 2008, se a produção for afetada ou a onda de protestos por democratização nos países árabes chegar à Arábia Saudita, maior produtor mundial de petróleo. De qualquer maneira, afirmam, o Brasil sentirá os efeitos desse novo cenário, que tende a frear a recuperação econômica global, mas que pode favorecer o financiamento da Petrobras para a exploração do pré-sal.
Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central e diretor do Centro de Economia Internacional da Fundação Getulio Vargas (FGV), acredita que o impacto inicial será ruim para o país, pois a alta nos preços do petróleo, que segundo ele, continuará até que o Oriente Médio se estabilize politicamente, tende a frear a frágil recuperação econômica dos países ricos, como EUA e Japão, e da União Europeia (UE). Além disso, aumentará a pressão inflacionária em emergentes como Brasil, China, Índia e Rússia, o que exigirá mais da equipe econômica.

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