domingo, março 27, 2011

Biblioteca de Itabuna está abandonada, sem leitores


A biblioteca de Itabuna está abandonada sem leitores nem condições de atender os alunos que precisam fazer trabalhos de escola, um absurdo para uma cidade com mais de 200 mil habitantes. Num manifesto de protesto, José Augusto Pinheiro Quintas faz um desabafo e pontua algumas dificuldades enfrentadas pelos usuários e funcionários da biblioteca. biblioteca
Entre os problemas estão rachaduras em toda a estrutura física do prédio, vazamentos que comprometem a edificação e a instalação elétrica comprometida, inclusive com fiação exposta e 90% das tomadas e interruptores sem funcionar. Além de muitas lâmpadas queimadas.
“Existe um grande risco de curto-circuito, e pior, os extintores de incêndio não funcionam porque estão vencidos ou descarregados. A parte hidráulica também precisa de manutenção”. Ele conta que faltam tampas novas nos vasos sanitários e a descarga está quebrada.
“Um dos banheiros foi reservado para os funcionários, sobra um para homens e mulheres” e ele pergunta: onde já se viu projeto de uma instituição pública sem sanitários para os dois públicos (masculino e feminino)?
A lista de reclamações de Augusto é bem extensa, e inclui ainda a falta de um orelhão e rede Wi- FI, “uma necessidade absoluta nos tempos atuais, para descongestionar inclusive a rede fixa e permitir o acesso a portadores de notbooks e laptops”.
Ele conta que só existe internet fixa porque foi emprestada de um vizinho do prédio, mas quando o “fornecedor” sai, a biblioteca pública - única na cidade -, fica sem acesso.
José Augusto sabe que a biblioteca recebeu três computadores do Governo federal, mas só existe um funcionando. “Os outros foram, há mais de dois anos, para o conserto e não retornaram”.
“Uma das salas de estudo foi tomada para guardar cadeiras e mesas quebradas, falta até porta toalha de papel nos banheiros, um bebedouro que funcione (o da copa não gela, isso quando tem água)”.
Outro ponto é a ventilação. “O prédio tem formato circular e fica isolado no quarteirão. Com isso, a luz do sol incide diretamente nas paredes e vidros, tornando o ambiente abafado. Os ventiladores não são suficientes e até o acervo literário é obsoleto”.
“Aliás, insuficiente, pois não há assinaturas de jornais e nem mesmo o Diário Oficial do Município”. José Augusto Pinheiro Quintas sugere revisar ou auditar a folha de pagamento da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc), responsável pela biblioteca.
Para ele, é necessário verificar por que não sobra nada para as despesas de manutenção. O autor do protesto conta que viu a Biblioteca Municipal Plínio de Almeida nascer, assim como a Ficc. E sua indignação não tem nada a ver com sensacionalismo ou intriga política.
http://www2.uol.com.br/aregiao/itab.htm

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