A Record, que até agora não havia se pronunciado oficialmente na encrencada disputa pelos direitos do Brasileirão, resolveu reagir. A reação, claro, é contra a Globo.
Num comunicado que é uma espécie de resposta ao comunicado que a Globo publicou hoje nos principais jornais do Brasil, emissora do bispo Edir Macedo, manda bala na Globo, mas estrategicamente poupa o Clube dos 13.
De qualquer forma, assume uma nova postura: firma que prefere negociar com o Clube dos 13, mas que está pronta a fazer propostas separadamente aos clubes – que é o modelo que eles têm demonstrado preferir e é o que a Globo fará.
Eis os melhores momentos do ataque da Record:
*O modelo anterior impôs aos clubes brasileiros o endividamento e a perda sucessiva de seus maiores talentos para outros países. Alguns clubes brasileiros passam meses sem parceiros patrocinadores porque camisas, luvas, bonés e até placas publicitárias são evitadas ou encobertas nas transmissões esportivas. Ainda existem alguns clubes brasileiros que simplesmente são ignorados durante a temporada e passam semanas sem que seus jogos sejam transmitidos.
*A proposta do Clube dos 13 rompe com as obscuras negociações que favoreciam o monopólio e descaracterizavam a concorrência, impondo aos clubes valores e limitações exigidas pelos eternos favorecidos.
A reação da Record é um sinal de que o Clube dos 13 perdeu a parada de comandar a negociação. Se as duas maiores emissoras do país querem a negociação direta e se os maiores clubes também, é difícil imaginar que o leilão será feito com a mediação do Clube dos 13. Aparentemente, não há como se imaginar um retorno ao status anterior. Hoje, ninguém é capaz de prever o desfecho dessa guerra.
Por Lauro Jardim
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