A Record fez oferta de R$ 1 bilhão a Corinthians e Flamengo (R$ 100 milhões para cada um, por ano, de 2012 a 2016) pelos direitos do Campeonato Brasileiro e a registrou em cartório. Os clubes negam ter recebido proposta.
A Record diz que recebeu confirmação de recebimento de propostas enviadas também via portador, com carimbo das suas presidências.
Em comunicado, a Record argumenta que decidiu tornar as propostas públicas em demonstração de respeito ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
""Eles [executivos da Record] estão um pouco atrasados", afirmou, lacônico, o presidente corintiano Andres Sanchez. Ao dizer que não recebera a proposta, o cartola cogitou que o registro em cartório torna vagaroso o processo de chegar ao clube.
""Além disso, a proposta é complexa, não basta fixar um valor para a TV aberta", acrescentou o cartola.
No Flamengo, um assessor de imprensa informou que a presidente, Patricia Amorim, estava em reunião ontem. Ele negou que o clube tenha recebido qualquer proposta no valor de R$ 100 milhões.
Confirmou que houve uma oferta inicial da Record que não interessou e que o clube esperava a contraproposta.
O comunicado emitido pela Record alfineta a Globo.
""Clareza de propósitos, negociações à luz do dia, em horário comercial e com respaldo jurídico são nossos objetivos em todo o processo", argumenta o comunicado.
Eles decidem
A Globo afirma que, assim como outras emissoras, continua negociando direto com os clubes. E que a decisão sobre as empresas que desejam contratar é exclusivamente das equipes, que saberão escolher as propostas que melhor atendem a seus interesses.
A emissora acrescenta que tem convicção de que as negociações se dão em perfeita harmonia com as normas da defesa da concorrência e de que não contrariam os termos de compromisso celebrado pela Globo e pelo Clube dos 13 no Conselho Administrativo de Defesa Econômica, em 2010.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk1803201108.htm
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