segunda-feira, abril 25, 2011

Americano condenado à morte quer doar seus órgãos, mas Justiça não permite


Um norte-americano condenado à morte pela Justiça do Estado do Oregon quer doar seus órgãos depois de executado para fazer um bem para a sociedade depois de ter assassinado sua mulher e seus três filhos pequenos, segundo a MSNBC.
Christian Longo, de 37 anos, afirma que a doação de seus órgãos pode salvar a vida de seis a 12 pessoas que estão na fila de espera por um transplante. "Poder salvar tantas vidas significa muito para mim", diz o assassino que está preso há quase dez anos na Penitenciária de Oregon, em Salem.
No entanto, seu pedido foi negado pelas autoridades que se recusam a negociar com um assassino convicto. Segundo especialistas, a doação de órgãos de prisioneiros condenados à morte é moralmente censurável. Além disso, os médicos afirmam que uma pessoa que está atrás das grades não tem a mesma lucidez de alguém que está livre para tomar uma decisão tão importante.
"Eu não acho que queremos uma sociedade que retira os órgãos de seus prisioneiros. Seria como usar essas pessoas como um meio para atingir um fim", diz Paul R. Helft, diretor do centro de ética médica da Universidade de Indiana.
Grupos pró-doação já fazem campanha para que a Justiça aceite a doação de Longo. Somente no Estado de Oregon, onde o prisioneiro será executado, há 768 pessoas na fila por um transplante.
"Eu não me importo de quem eu consegui meu novo coração", afirma a escritora Hiland Doolittle, que ficou dois anos na fila por um transplante. (UOL)

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