sábado, abril 02, 2011

Hospital e UTI de Alagoas são interditados por causa de superbactéria


A direção do Hospital Universitário de Maceió (AL) anunciou ontem uma nova interdição por tempo indeterminado da maternidade e da UTI neonatal devido à presença de uma bactéria que é muito resistente a antibióticos.
Em fevereiro, a UTI neonatal ficou fechada por cerca de duas semanas devido à presença da bactéria acinetobacter Baumannii em dois bebês. Segundo a assessoria do hospital, agora são quatro bebês com a bactéria. Três deles morreram.
A direção do hospital, que é ligado à Universidade Federal de Alagoas (Ufal), disse que um dos bebês mortos tinha má-formação congênita e os outros dois eram prematuros e tinham complicações. Não é possível afirmar, segundo a direção do hospital, que as mortes tenham sido causadas pela infecção.
A maternidade do HU tem 60 leitos e é especializada no atendimento a pacientes com gestação de risco. Segundo a assessoria, os bebês que estão internados na UTI neonatal poderão ser transferidos.
O hospital disse ter detectado também a presença da bactéria resistente em outros dois pacientes internados na UTI geral. Um deles, era um homem de 70 anos com doença pulmonar e acidente vascular cerebral (AVC) que morreu. A outra paciente é uma adolescente de 16 anos, vítima de acidente de trânsito, que chegou ao hospital transferida do Hospital Geral do Estado (HGE).
Segundo a assessoria do HU, exame preventivo feito no catéter utilizado pela adolescente detectou a presença da bactéria. A garota, de acordo com o hospital, está sendo medicada com antibióticos apesar de não ter desenvolvido nenhuma infecção até ontem.
Técnicos da vigilância sanitária da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesal), responsável pelo HGE, estão colhendo material para tentar descobrir qual o tipo e a origem da bactéria está contaminando os pacientes.

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