A maior ferramenta de localização geográfica on-line do planeta, o Google Maps, indica até favelas minúsculas e desconhecidas do Rio, enquanto despreza o bairro do Humaitá e sub-bairros como Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, e Usina, na Tijuca. O Google alega que compra os mapas já prontos.
Há bairros cariocas, mesmo os de classe média alta, que não estão no mapa. Já as favelas, mesmo as minúsculas e mais desconhecidas, estão todas lá, com destaque. A geografia distorcida, no caso, é a aplicada pelos mapas do Google, a mais famosa ferramenta de localização do planeta. Quem não conhece o Rio e quer tentar descobrir um pouco mais sobre a cidade por esse mapeamento terá a falsa impressão de que a área urbana nada mais é do que um imenso aglomerado de favelas. O mapa da Zona Sul serve de exemplo: o bairro do Humaitá não aparece num primeiro momento, como ocorre com Ipanema, Leblon e Jardim Botânico. Nesse ponto do mapa é indicado como "Favela Humaitá". Aliás, o tradicional bairro do Cosme Velho, que abriga um dos principais pontos turísticos da cidade - o bondinho do Corcovado - também não está no mapa, que privilegia a desconhecida favela Vila Imaculada Conceição.
O fato é que o Google Maps dá às favelas status de bairros e elas se tornam mais importantes que alguns deles. Para localizar o Humaitá e o Cosme Velho é preciso usar o recurso do zoom, por meio do PEG Man (escala de aproximação à esquerda do mapa). O tamanho das letras usadas para escrever os nomes dos bairros e das favelas é exatamente o mesmo. Outra área do Rio que apresenta um mapeamento distorcido é a Barra da Tijuca: o Jardim Oceânico, um sub-bairro localizado à beira-mar, não é indicado pelo Google. Porém, dois minúsculos aglomerados de barracos - denominados de Favela Rua São Tillon e Favela do Canal do Cortado - têm tanto destaque quanto o nome do bairro. (Globo.com)
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