segunda-feira, maio 02, 2011

Dados de abril confirmam acomodação na indústria

Os sinais de que a economia brasileira passa por um processo de acomodação do ritmo de crescimento ficaram mais fortes em abril. Enquanto fabricantes de bens de consumo ainda registraram encomendas fortes em março e abril, setores importantes de produção de bens intermediários, como aço e papelão ondulado, começaram a rever, para baixo, suas projeções para o crescimento do ano. Ao mesmo tempo, sindicatos relatam negociações salariais mais difíceis. Com database em abril, trabalhadores têxteis de Brusque, importante polo catarinense do setor, fecharam acordo só com a inflação dos últimos 12 meses.
O Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) informa que em abril a entrega de mercadorias foi 12% inferior a de março e 1,5% menor que a de igual mês do ano passado, situação que fez o setor reestimar de 15% para 12% o crescimento do ano. “Mas o consumo total doméstico não deve crescer", diz Carlos Loureiro, presidente do Inda, explicando que as usinas brasileiras estão recuperando terreno perdido para as importações. Em papelão, a projeção de um 2011 4% maior deve ser revista para 3% diante da alta dos juros e da restrição ao crédito.

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