Pastores de todo o país estão usando as TVs e rádios em que veiculam suas mensagens para convocar manifestação em frente ao Congresso, na quarta, em Brasília, contra o projeto que criminaliza a homofobia. Eles exigem que seja retirada da proposta qualquer restrição a pregações contra o homossexualismo nos templos. Devem participar cerca de 60 deputados da bancada evangélica e senadores como o bispo Marcelo Crivella (PRB-RJ).
Templo preservado
Em reunião hoje com a senadora Marta Suplicy (PT-SP), relatora do projeto, e Toni Reis, da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), Crivella proporá que o projeto contra a homofobia seja "enterrado a sete palmos de terra". E que outro, apresentado pelos próprios evangélicos, aumente as penas a crimes contra homossexuais -deixando a pregação nas igrejas de fora.
Palavras ao vento
O diálogo com Marta e Toni deve ser difícil. Defensores da criminalização da homofobia dizem que de nada adianta aumentar penas para crimes contra homossexuais se a lei não conseguir conter a incitação à violência ou o estímulo ao preconceito -inclusive nos templos.
Supresa
E o apresentador Marcos Mion e a TV Record estão sendo processados por homofobia. Entidades do movimento gay reclamaram de comentários dele sobre a drag queen Nany People, ex-"A Fazenda", no programa "Legendários". Mion disse que ela "tem surpresinha" e perguntou "o que ela faz com o pacote" na hora do banho. Ele diz que o caso está com o departamento jurídico da Record. A emissora afirma que houve "exercício da liberdade de expressão" que "não feriu ninguém". (Mõnica Bergamo)
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