quinta-feira, maio 19, 2011

FHC e Lula viram estrelas de palestras no País e no exterior


Os dois últimos ex-presidentes da história democrática do Brasil exercem atividades relacionadas a seu passado mas que transcendem a política. Enquanto Fernando Henrique Cardoso tem o instituto que leva seu nome, cuja maior atribuição é manter a obra e o legado do sociólogo e de sua falecida mulher, dona Ruth, Luiz Inácio Lula da Silva lançou as bases para o seu Instituto da Cidadania, cujo papel ainda não está plenamente definido. Seus antecessores - José Sarney, Fernando Collor de Melo e Itamar Franco - exercem mandatos no Senado Federal.
Ex-estadistas, ambos proferem palestras, que podem ser remuneradas ou não. Com atuação em comissões internacionais que tratam de aids e drogas, FHC fala sobre esses e outros temas da atualidade. Lula tem falado sobre seu governo, economia internacional, oportunidades de investimento no Brasil e na América Latina e dá estocadas nos adversários. A maior diferença está no preço das palestras: enquanto especula-se que o tucano cobre R$ 100 mil por evento, o ex-metalúrgico não fala por menos que o dobro e receberá cerca de R$ 790 mil por uma palestra no exterior. Os valores não são confirmados oficialmente nem por assessores nem pelas empresas que pagam os cachês.
O superintendente-executivo do Instituto Fernando Henrique Cardoso (IFHC), Sérgio Fausto, afirma que as palestras ministradas com o ex-presidente têm em sua maior parte vínculo não apenas com o passado como estadista, mas também a vasta obra sociológica de Fernando Henrique. "Junta a bagagem do ex-presidente com a do intelectual", explica. Além das palestras, Fernando Henrique publicou o livro A Arte da Política e tem participação no documentário Quebrando o Tabu, produção do cineasta Fernando Grostein Andrade e do apresentador Luciano Huck sobre a legalização da maconha e outras drogas. FHC afirma no filme que um mundo sem drogas é "uma coisa utópica".

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