segunda-feira, maio 16, 2011

"Não sou mais o gostosão", diz José Mayer


O rei que não perde a majestade. Aos 62 anos, José Mayer, eternizado como o grande conquistador das novelas, diz que não se sente o galã de antigamente, mas está disposto a viver um sessentão apaixonado. "Não sou mais o gostosão de antes. Meu prazo de validade está no fim. Mas quando escreverem uma história amorosa de um homem jovial, aos 60 anos, e quiserem que eu faça...", brinca o ator, que estreia na próxima sexta-feira (20), no musical de Cláudio Botelho e Charles Möeller, Um Violinista no Telhado, no Teatro Oi Casa Grande, no Leblon. Uma boa oportunidade para ver de perto o vozeirão de Mayer.
"Antes de atuar, eu já sabia cantar. Na escola em que estudei, tive uma formação musical bacana e até cantava em coros. A quem vier, espero que gostem de ouvir a minha voz. Ouvirão um homem afinado, uma voz de barítono, talvez não seja um grande cantor, mas um ator no mínimo interessante", ironiza ele que, para o personagem, deixou crescer uma farta barba. "Poucas vezes fiz personagens muito barbudos. O último acho que foi o Osnar, em Tieta. Mas isso (alisa a barba) incomoda nas primeiras semanas, coça, pinica. E na hora do travesseiro, quando você deita, incomoda ainda mais. Acho que para namorar é horrível. Se fosse mulher, me sentiria beijando um cabo de vassoura", exagera.
Mas tudo em nome da arte. José Mayer será Tevye, um rústico leiteiro de um vilarejo judeu encravado na Rússia Czarista. Sempre em conflito para sobreviver e honrar as tradições religiosas, ele enfrenta problemas tanto dentro de casa - as cinco filhas se rebelam contra os tradicionais casamentos arranjados - quanto fora, numa época em que ataques russos expulsavam milhões de judeus da região.

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