Com medo de assaltos e outros crimes, taxistas que circulam pelas ruas do Rio adotaram táticas para escapar de criminosos. A principal delas é a intuição. Caso o motorista desconfie de quem pretende embarcar, ele simplesmente não para. Alguns profissionais, no entanto, admitem até ter simulado defeito mecânico para interromper a corrida.
Nos últimos 14 dias, seis taxistas foram atacados por bandidos no Rio. No caso mais recente, o motorista Sérgio Fernando Gouveia teve 50% do corpo queimado durante uma suposta tentativa de assalto em Benfica, na zona norte do Rio, na noite do último sábado (21). Desde março, quatro taxistas foram mortos, dois deles na avenida Leopoldo Bulhões, entre as favelas de Manguinhos e Jacarezinho, uma das mais perigosas do Rio.
Motorista de táxi desde 2002, Edivaldo Conceição Santos Júnior, de 39 anos, passa todos os dias por uma das áreas mais perigosas da cidade, a avenida Dom Hélder Câmara, e diz que evita pegar passageiros no meio do caminho.
- O meu ponto é na zona sul, mas como moro em Bento Ribeiro preciso passar por aqui todos os dias, por volta das 2h da manhã. Já vi muita coisa, principalmente os bondes, com vários homens armados. Não pego passageiros ali de jeito nenhum. Só se a minha intuição indicar que devo pegar. Se eu pego um passageiro e desconfio, finjo até que o carro deu defeito para evitar seguir viagem.
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