quinta-feira, junho 09, 2011

Comércio não quer caixas com medo de explosões

Os reflexos negativos das recentes ações de assaltantes de banco, inclusive com o uso cada vez mais frequente de explosivos, já começaram a aparecer. Enquanto no interior do Estado uma agência teve as portas fechadas em definitivo, em Salvador, comerciantes já não querem mais a presença de caixas eletrônicos nos estabelecimentos.
Num mercadinho em Marechal Rondon, em cuja área um caixa eletrônico foi detonado (em 18 de maio), os responsáveis pelo imóvel trataram logo de cobrir o equipamento danificado, diante da chegada da equipe de reportagem. Ninguém quis falar sobre o assunto.
Entretanto, em outros estabelecimentos comerciais da redondeza, o desejo dos proprietários é o de encerrar a parceria. “Desde o dia em que o caixa do outro mercado foi atacado, ligamos para o banco e solicitamos que o equipamento seja retirado. Acredito que perderemos algumas vendas, mas não compensa o risco de acontecer o mesmo aqui”, disse Manuela Magalhães, dona de um mercado em Marechal Rondon.
Enquanto os representantes do banco não aparecem, ela mantém o aparelho trancado no cubículo utilizado para abrigar o guarda-volumes da loja – na porta, um aviso de que o caixa está “com defeito”.
Em uma farmácia próxima dali, o equipamento continua presente. Mas, na tela, está a mensagem do próprio banco: “desativação temporária”. “Já foi pedido ao banco que tire, mas nos disseram, por telefone, que a demanda de pedidos desses está muito grande”, contou Tatiana de Jesus, balconista da farmácia.

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