São quase 700 km de rodovia privatizados: a concessão da Via Bahia se estende até a divisa do estado de Minhas Gerais em Vitória da Conquista. No entanto, em grande parte desse trecho os problemas não mudaram como atesta o ouvinte que passa diariamente pela BR 324.
“Eu passo todos os dias pela BR, de manhã e de noite engarrafa e ninguém faz nada, só cobrando pedágio”, destacou.
Buracos, falta de sinalização e para piorar a proximidade do São João. Quando o fluxo aumenta, cerca de 40% das rodovias baianas engarrafam. Outro ouvinte também reclamou prevendo o longo congestionamento entre os dias 23 e 26 de junho.
“É lamentável, não pelo valor que a gente paga, mas já que privatizaram vamos fazer um negócio com um bom trafego. Eu sou totalmente a favor do pedágio por trazer mais segurança pro usuário, mas do jeito que ta não dá. Só se for pra andar de helicóptero com o governador”, ressaltou o ouvinte.
Em entrevista à Rádio Metrópole, o especialista em regulação da Agência Nacional de Transporte Terrestre, Luis Queiróz, revelou que existem vários problemas no contrato firmado com a concessionária.
“Esse contrato foi inspirado em um que foi utilizado no Chile. Esse contrato é um boi de piranha que existe na concessão das rodovias federais.”
Ele disse também que o acordado entre as BA’s 526 e 118 é um absurdo. “A escrepância que existe nesse contrato é que a concessionária é responsável apenas pelo pavimento. Isso é um absurdo! Quando acontece qualquer coisa eles alegam então que o problema não é na pavimentação e sim na drenagem”, declarou.
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