Tudo parecia tão real que centenas de populares, na tarde da última segunda-feira (14), acorriam em direção à transversal da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) de Itabuna, na rua Alzira Paim, com olhar de espanto e buscando informações sobre o “sinistro” ocorrido e as possíveis vítimas, diante dum cenário que envolveu ambulâncias, enfermeiros e técnicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), viaturas e homens do Grupamento de Bombeiros Militares (GPM), agentes da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settran) e, principalmente, estudantes e professores dos cursos de Nutrição e Fisioterapia da FTC.
Passado o susto do primeiro momento, os curiosos enfim respiravam aliviados ao perceberem que tudo não passava de uma grande encenação, realizada para testar o planejamento e a eficiência do sistema de urgência e emergência de Itabuna, com o Simulado de Primeiros Socorros em Acidentes com Múltiplas Vítimas.
Para garantir o realismo, os estudantes e organizadores abusaram dos efeitos especiais, com maquiagem e truques que mais pareciam cenas de cinema, além de carros e motos avariados em acidentes, sons de sirenes e explosivos, corre-corre das equipes de socorristas, desespero e gritos dos estudantes-figurantes.
Susto“Nossa! Quando saltei do ônibus aqui próximo à Faculdade tomei um susto e corri para ver se era alguém conhecido que tinha se acidentado. Estava tudo tão perfeito que fiz questão de acompanhar até o final. Estão todos de parabéns”, disse a funcionária pública Maria Lúcia Santana. Quem também elogiou Simulado de Primeiros Socorros dos Estudantes de Fisioterapia e Nutrição da FTC foi a atriz e produtora cultural Eva Lima.
“Emocionei-me com a “verdade” com que os estudantes passavam essa simulação. Fiquei muito feliz com a dramatização das situações e percebi o quanto é importante o planejamento das atividades de urgência e emergência”. Frisou Eva.
Para o monitor da disciplina Primeiros Socorros, SG-GBM Sérgio Augusto Farias, o Simulado foi uma oportunidade para os estudantes fazerem os conhecimentos construídos em sala de aula extrapolar os muros da Faculdade e materializá-los em situações quase reais, na qual a comunidade pode perceber a capacidade de resolubilidade das equipes de socorro da cidade.
“Procuramos aproximar o máximo possível da realidade para que pudéssemos testar a eficiência das equipes socorristas, a capacidade de planejamento e triagem em situações de risco a vida. Para os futuros profissionais da área de saúde ter conhecimento e saber como agir nestas situações é imprescindível”, frisou Sérgio. A simulação usou como pretexto um acidente na área urbana da cidade envolvendo dois carros de passeio e uma moto.
A estudante Tâmara Sobrinho Souza, do 3º semestre de Fisioterapia, disse que poder participar do Simulado foi uma oportunidade enriquecedora no seu processo de formação. “Aqui conseguimos aprender que, na prática, é fundamental a capacidade de administrar a situação, inclusive no processo de triagem para saber prestar o atendimento preferencial de acordo com o grau de vulnerabilidade da pessoa acidentada”, argumentou a acadêmica. Na operação de “socorro” as ações foram divididas em quatro setores identificados pelas cores preta, vermelha, amarela e verde que serviram para identificar a gravidade das vitimas – óbitos, estados graves e pequenas escoriações.
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