Grávidas e bebê estão em centro de internação inadequado

A velha construção de 1978, no bairro de Tancredo Neves/Beiru, onde está a Comunidade de Atendimento Socioeducativo (Case-Salvador) abriga, no alojamento feminino, 11 adolescentes – duas delas grávidas e uma com um filho de 4 meses – em um ambiente insalubre e com estruturas semelhantes aos presídios da Bahia. Na Case estão, também, 269 garotos.
O cenário foi constatado pelo A TARDE, que teve acesso, com exclusividade, às dependências femininas, por meio de liberação judicial da 2ª Vara da Infância e Juventude.
Os quartos com grades, que lembram celas, não possuem janelas, apenas venezianas para a circulação do ar. Funcionários e a diretoria da unidade empreendem esforços em atividades com o objetivo de minimizar a falta de condições estruturais que ferem as recomendações do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).
Três dos cômodos passaram por pintura há três meses. “Usamos o rosa e o azul nas paredes de dois deles”, afirmou a diretora da Case-Salvador, Adriana Melo. Apesar da iniciativa, o único espaço que ainda mantém a tinta nova é o refeitório. “Elas não conservam”, lamentou. Há forte cheiro de tinta nos corredores, onde a adolescente de 17 anos, apreendida por roubo, passeia com o bebê.

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